
Sabe aquela conhecida história de algum colega de classe do ginásio que pouco chamava a atenção, seja por desempenho ou por beleza, mas que, depois da faculdade, as mudanças foram tão grandes que fizeram dele outra pessoa? Pois foi exatamente o que aconteceu ao Kia Picanto, cuja nova geração chega às lojas na próxima semana com preços que partem de R$ 34.900 e chegam a R$ 44.900.
O mérito da "plástica" que tirou o pequeno modelo da adolescência para colocá-lo na fase adulta foi de Peter Schreyer, designer responsável por todas as transformações pelas quais passaram os carros da Kia nos últimos três anos. E junto do novo visual, a Kia adicionou motor bicombustível ao carrinho.

Desde a versão básica, o Picanto carrega airbag duplo, direção elétrica progressiva, ar-condicionado, CD player com MP3 e entrada auxiliar, volante com regulagem de altura e comandos do rádio, trio elétrico e rodas de liga leve de 14 polegadas. As versões mais caras ganham freios ABS, airbags laterais e teto solar. A garantia é de cinco anos.
A metamorfose
Quem topar com um Picanto pela rua, antes de vê-lo nos comerciais, vai acabar se perguntando que carro novo é aquele. O modelo está um pouco maior, a dianteira ganhou visual semelhante ao do Sportage e do Cerato e a traseira recebeu ficou mais atraente com as novas lanternas. As mudanças deixaram para trás aquela imagem de carrinho japonês do século passado (apesar da origem asiática, o Picanto é sul-coreano). Por dentro, o acabamento é simples, mas bem acabado e resolvido. Porta-copos, revistas e garrafas estão espalhados pelo interior.
A mecânica também é outra. O motor de três cilindros e 80 cv de potência e 10,2 mkgf com álcool tem desempenho honesto: não decepciona no dia a dia e não cria expectativa para que o motorista saia acelerando por aí. O embalo chega em uma faixa de rotação mais alta e, com câmbio manual, deixa menos a desejar quando uma retomada é necessária. O automático também conta com as três primeiras velocidades, mas não empolga acima dos 80 km/h. A direção elétrica progressiva fica mais pesada com o aumento de velocidade, garantindo mais estabilidade e segurança. O conjunto da suspensão, por sua vez, está ajustado na medida certa: nem macio nem duro demais.
As modificações fozeram muito bem ao Picanto. Com a atualização e faixa de preço, passará a concorrer com modelos já consagrados no mercado, como Fiat Palio e VW Fox. O erro por parte da Kia, entretanto, ficou na calculadora: até o final do ano, serão importadas somente 6.000 unidades do modelo, o que deverá gerar esperar e poderá resultar em cobrança superior de valor pelo modelo. A partir de 2012, a montadora espera trazer 1.500 Picanto ao mês.
À espera do Rio - no grupo dos modelos mais vendidos da Kia no mundo, ao lado de Cerato, Sportage, Sorento e Soul, o Rio, em suas versões hatch e sedã, deverá desembarcar no Brasil no ano que vem. De acordo com o presidente da marca no País, José Luiz Gandini, o modelo já foi homologado para rodar por aqui, mas aguarda o desenvolvimento do motor 1.4 flex. "Não podemos entrar no segmento sem esta opção para o consumidor", avalia Gandini.
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